O Mar Começa Aqui | Trabalhos 2020

Escola Básica nº1 da Venda do Pinheiro (Mafra)

Fase I - Escola: proposta

Memória descritiva da imagem:
Este projeto destinou-se à criação de um desenho/imagem, que pudesse ser desenhado nas sarjetas/sumidouros da nossa escola e de toda a freguesia da Venda do Pinheiro. As sarjetas/sumidouros da nossa escola tem uma dimensão de 60 cm x 37cm, tendo o desenho sido realizado à escala de 1:4. As medidas no desenho, são por isso, de 15cm X 9,25 cm.
A imagem tem como fundo, o azul do mar da Ericeira, uma das mais conhecidas freguesias pertencentes ao concelho de Mafra. É no mar da Ericeira que desaguam não só as águas fluviais e pluviais de todo o concelho depois de serem filtradas e tratadas. Da bacia hidrográfica do concelho, destacamos o Rio Lizandro, também conhecido por Rio de Cheleiros e é o único que nasce e desagua dentro do concelho de Mafra, que tem a sua foz na praia Foz do Lizandro junto à Carvoeira, perto da Ericeira.
O fundo azul da imagem tem fortes contornos ondulatórios, que sugerem um mar bravo, com bastante ondulação, propício para a prática de surf, um dos desportos mais procurados nesta zona.
Sendo esta localidade internacionalmente conhecida como uma das melhores Reservas Mundiais de Surf, única da Europa e procurada por muitos para a prática deste desporto, é ainda uma famosa vila piscatória do concelho, constituindo esta atividade do setor primário uma fonte de rendimento significativa e sustento para muitas famílias.
Um dos elementos que escolhemos foi a sardinha, espécie muito pescada nestas águas, para venda e consumo local. A rainha de todos os peixes e o prodígio do oceano Atlântico – a sardinha Portuguesa – um peixe simultaneamente nobre e popular, é a iguaria mais procurada no Verão, nos restaurantes da zona. Optámos ainda pelo ouriço-do-mar, animal muito encontrado nestas praias (do latim Ericiaria, local onde abundam os ouriços e de onde deriva o nome desta localidade).
De uma forma geral, esta imagem pretende reforçar a necessidade de proteção e preservação do mar e das espécies autóctones da região onde estamos inseridos, levando os alunos a valorizar o seu património e a passar a mensagem de práticas mais sustentáveis e amigas do ambiente. É ainda uma forma de sensibilizar e alertar para a preservação dos ecossistemas locais, da biodiversidade em geral e da qualidade da água doce e salgada em particular.

Memória descritiva do projeto:
Este projeto foi realizado por alunos do 4.º ano, com idades compreendidas entre os 9 e 10 anos, da Escola Básica nº1 da Venda do Pinheiro, sob orientação da Coordenadora deste Projeto, Professora Ana Guedes.
Este projeto teve início a 19 de outubro, numa ação de limpeza da Praia da Foz do Lizandro, onde, entre outras, duas turmas do 4.º ano participaram na recolha de lixo nesta zona. O objetivo foi sensibilizar a comunidade para o tipo de lixo encontrado neste local.
Após a análise dos resíduos encontrados na praia da Foz do Lizandro, encontrou-se em maior número as beatas de cigarro. Sendo uma das turmas do 4.º ano, os Embaixadores do Rio Lizandro, decidiram chamar a atenção da comunidade educativa para a necessidade de as beatas serem colocadas em locais próprios, uma vez que todos os resíduos vão dar ao mar. Consideraram que dar enfâse às sargetas como sendo um dos meios de transporte de muitas delas para o mar, é uma medida pró-ativa e que poderá causar grande impacto e melhorar a qualidade das águas dos rios e consequentemente dos mares.
Nesta sequência e porque a recolha de lixo foi feita na praia adjunta da localidade da Ericeira, os alunos do 4.º ano, realizaram trabalhos no âmbito da preservação do Mar, já durante a fase de confinamento.
O objetivo seria realizar uma pesquisa online, sobre as diferentes formas de como o lixo chega ao mar, e que espécies autóctones poderão desaparecer das praias da Ericeira se a comunidade local não respeitar o ambiente. Esta pesquisa foi realizada não só no seguimento do estudo dos conteúdos sobre o Ciclo da água, explorado em Estudo do Meio, mas também através da exploração do kit do Projeto Oceano Azul, promovido pelo Oceanário de Lisboa e a autarquia local.
Os alunos concluíram que as sarjetas/sumidouros, bem como os rios, são dois veículos de transporte de lixo para o mar, lixo esse provocado pela ação humana e que pode e deve ser atenuado ou mesmo evitado.
Desta pesquisa, surgiram desenhos e maquetes realizados com diversos materiais reciclados existentes em casa, sugerindo que, entre outras espécies, o ouriço-do-mar e a sardinha seriam duas espécies sensíveis desta zona, cuja sobrevivência será colocada em causa nestas praias em função do lixo provocado por ação humana.
Em conjunto com estas turmas, e no seguimento na participação do Projeto “O Mar começa aqui”, deliberou-se que o mar da Ericeira seria uma excelente referência neste projeto, bem como, as espécies autóctones mais sensíveis que aqui existem.
As etapas seguidas durante este processo foram as seguintes:
1ª Etapa
- Recolha de lixo nas praias da Foz do Lizandro.
- Sensibilização da comunidade para a não poluição das praias.
2ª Etapa
- Exploração dos conteúdos sobre o “O Ciclo da Água” na área de estudo do meio e do Kit Oceano Azul;
- Reconhecer que a água é uma substância extremamente essencial para os seres vivos, sendo, portanto, fundamental para a manutenção da vida na Terra; a água dos rios e do mar tem um papel crucial neste ciclo que se repete constantemente, sendo o Mar o maior reservatório de água no nosso Planeta.
- Realização de uma pesquisa online sobre o ciclo da água e reprodução do mesmo em desenhos/maquetes com diferentes materiais;
- Exploração, por todas as turmas da escola, do tema “O Mar”, inserido no Projeto Oceano Azul, promovido pelo Oceanário de Lisboa em parceria com a autarquia;
- Pesquisa online sobre de que forma vai o lixo parar ao Mar; qual o papel dos rios e das sarjetas/sumideiros neste problemática e que espécies autóctones poderão ser afetadas por este lixo.
3ª Etapa
- Análise, diálogo, reflexão de trabalhos apresentados.
- Proposta de realização de uma imagem global.

Fase II - Escola: execução

Fase II - Município: evidências