Fase I - Escola: proposta

Memória descritiva da imagem:
O polvo, o elemento gráfico selecionado, assume o poder de com os seus tentáculos, afastar o lixo do sumidouro, para que este não interfira no seu habitat e se possa preservar a vida marinha desta e de outras espécies... porque na realidade, "O Mar Começa Aqui". Direciona ainda, quem por ali passa, para uma zona de separação de resíduos, identificando o local com as cores dos diferentes ecopontos e do respetivo contentor dos indiferenciados.

Proposta de imagem a pintar:

Memória descritiva do projeto:
Agrupamento de Escolas da Lourinhã;
Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado;
Professora - Susana Martins
18 alunos do 11ºano do curso de artes visuais da turma C;
Idades compreendidas entre os 16 e 18 anos de idade;
A participação no concurso “O Mar Começa Aqui”, foi assumida pela turma após decisão de participarem no concurso “Muros com Vida”. Os estudos para este projeto surgiram após decidida a composição gráfica dos muros, tendo a turma acordado que os dois deveriam, sem condicionar o processo criativo, seguir a mesma paleta cromática permitindo uma articulação entre ambos.
Numa primeira fase, exploraram e debateram temas relacionados com a sustentabilidade, alterações climáticas, separação e degradação de resíduos, poluição das águas, impacto nos ecossistemas, função e importância das sarjetas e sumidouros… analisaram a palavra preservação e o que este conceito implica nas ações intrínsecas à mudança de comportamentos do “EU”, chegando assim à consciência do “NÓS”, enquanto grupo integrado numa sociedade conhecedora e responsável.
Decidiram que o sumidouro escolhido para intervir seria no espaço escolar. Mas aquando do início da pintura do muro, e da observação mais detalhada da zona, Praia da Areia Branca, decidiu-se abandonar a ideia inicial, e readaptar o mesmo a um novo ambiente. Esta decisão foi tomada em prol de uma maior visibilidade da mensagem a transmitir. Conscientes da missão e de um dos objetivos do projeto, “Educar para uma cidadania ativa incitando os jovens a passar a mensagem de que “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar” a toda a comunidade(...)”, não só à educativa, seria bastante vantajoso que a mensagem chegasse ao maior número de população possível, sendo este o local ideal, integrado numa área de circulação pedonal, onde 365 dias por anos se cruzam diferentes gerações, nacionalidades e raças, implementando também “estratégias de cooperação escolas-autarquias para a promoção da sustentabilidade”.
Das diferentes propostas apresentadas pelo grupo, foi selecionada uma composição que integrava o polvo, espécie típica da nossa costa. Após diversas sugestões dadas pelo grupo, o polvo assumiu a forma atual. Este elemento surge como um defensor do sumidouro, para que os resíduos não entrem e cheguem ao mar. De alguma forma sentiram que a mensagem a integrar na obra, “O MAR COMEÇA AQUI”, poderia ser reforçada com a seguinte expressão, “OS RESÍDUOS SÃO ALI”, direcionando quem por ali passa, para uma zona de separação de resíduos, identificando o local com as cores dos diferentes ecopontos e do respetivo contentor dos indiferenciados. Desta forma sentem que podem fazer a diferença, e dar aos transeuntes alternativas e escolhas conscientes. É necessário não esquecer que um resíduo que fica no chão pode chegar ao mar, comprometendo toda a biodiversidade e respetiva vida marinha.
O facto da pintura dos dois projetos “Muros com Vida” e o “Mar Começa Aqui”, serem próximos fisicamente, facilitou a gestão do grupo, dos respetivos materiais, e o supervisionamento de ambos praticamente em simultâneo. Esta proximidade, reforça a mensagem global, esperando que seja assumida e posta em prática, levando cada um a exercer uma cidadania ativa e consciente!